Gonçalo M. Tavares (Clube de Leitura)

Posted: 11th Novembro 2011 by admin in Notícias
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O senhor Brecht, de Gonçalo M. Tavares foi um dos livros escolhido para “partilhar” no Clube de Leitura. Vamos aqui iniciar a publicação de alguns dos seus contos, ilustrados pelo professor Sérgio Amaral. É quase  impossível ler e ficar indiferente… Ficamos a aguardar os vossos comentários a este “Desempregado com filhos”:

  1. Anónimo diz:

    Como nós já falamos.. Muitas vezes para salvar tudo o que temos sujeitamo-nos a isto….
    Catarina

  2. admin diz:

    Catarina,
    Sabes que, infelizmente, no nosso dia-a-dia de trabalho, lembro-me demasiadas vezes deste conto de Gonçalo M. Tavares! E fico triste ao saber que tanta gente lutou pelos meus direitos enquanto pessoa e trabalhadora…e que estamos a perder tudo!Mas a literatura tem este poder de acordar…
    Fernanda

  3. Anónimo diz:

    Nem sempre as coisas são como nós gostaríamos que fossem. Por vezes, temos de fazer sacrifícios, não só por nós mesmos mas também pela nossa familia.
    Paula Martins

  4. admin diz:

    E até onde se poderá ir?
    Ou melhor, deixar ir…
    Fernanda

  5. Anónimo diz:

    Depois de falarmos um pouco sobre este conto e pensarmos bem sobre ele, percebemos que diz mais do que o que conseguimos ler. Leva-nos a pensar como é que depois de manifestarmos pelos nossos direitos de trabalhadores nos temos que sujeitar a tanto para podermos ter esses direitos, o direito a trabalhar. Esse pai ou essa mãe sujeitou-se a tal para dar tudo de melhor aos seus filhos, mas isto é só uma maneira de explicar ao que nos sujeitamos para conseguirmos arranjar um emprego. Choca-me como este autor consegue transmitir esta realidade de uma forma tão natural, no sentido de nos tocar ao ponto de percebermos como nos sujeitamos hoje em dia para arranjarmos trabalho. Como falamos na nossa primeira reunião, como é que é possível que no nosso tempo se recuse emprego a uma mulher só porque quer um dia vir a ser mãe? Não temos todos nós o direito a ter emprego? Esperemos que um dia as pessoas tomem consciência que temos que mudar isto, porque o direito ao trabalho é um direito de todos nós.

    Beatriz

  6. Anónimo diz:

    Os pais para salvaguardar o bem estar dos filhos fazem qualquer coisa. É por amor à sua família e principalmente aos seus filhos que este homem enfrenta qualquer sacrifício aceitando qualquer proposta..
    Alexandra Martins

  7. Anónimo diz:

    Este conto faz-nos refletir muito. Transmite-nos uma sensação desagradável no sentido em que tomamos consciência do mundo cruel onde vivemos. Contudo, abre-nos os olhos para que possamos ser mais tolerantes, não só em situações de trabalho como em tantas outras da nossa vida.

    Inês, Clube de Leitura

  8. Anónimo diz:

    Pois é…uma pessoa desesperada sujeita-se a quase tudo…ou mesmo a tudo, quando alguém depende de nós… Alguém cujo o bem-estar e felicidade compensa todas as outras perdas por que passamos até chegar ao fim desejado… (como o conto nos mostrava)
    Acho que esse desespero tira-nos certa liberdade pois ao termos de fazer algo contra a nossa vontade, quase que somos obrigados pela nossa consciência, mas…será legítimo sermos capazes de fazer esse «tudo»?! Pergunta complicada… Acho que esse «tudo» deve acabar quando se encontra com um outro «tudo», de uma outra pessoa desesperada… O nosso desespero, pode levar uma outra pessoa também ao desespero e desse modo, há que reflectir antes de tomar qualquer tipo de atitude, há que pesar bem os prós e ou contras para nós e para os outros.
    Fábia

  9. admin diz:

    Para mim, que sou professora de história, este é um dos grandes poderes da literatura e dos livros.
    Parabéns pela vossa participação.
    Fernanda Sampaio

  10. Anónimo diz:

    Estes contos funcionam como “alfinetadas” na nossa consciência. É evidente que não podem ser levados “à letra”, mas servem de alertas para determinadas questões sociais e políticas de grande atualidade e deixam-nos a pensar…
    Estes temas são frequentemente tratados na comunicação social, mas o discurso político e mediático é tão cansativo e extremado que nos leva a já nem querer ouvir falar desses assuntos. A eficácia destes “contos” é fazer com que a a reflexão seja bem mais estimulante e motivadora… mas não dão respostas só deixam dúvidas…

    Rosa Azevedo

  11. Anónimo diz:

    Comentário ao comentário da prof. Rosa Azevedo:
    Na verdade este conto é uma “alfinetada” e uma “facada”, porque nos faz pensar, mas nós pensamos que deve ser “levado à letra”: dada a realidade do nosso país, temos que nos adaptar aos “cortes”.
    Saudades da sua antiga turma 11ºCT4

  12. Anónimo diz:

    Mas não podemos permitir que nos cortem “a cabeça”? Não acham?Nem deixar de pensar pela nossa “cabeça”!
    Fernanda Sampaio

  13. Anónimo diz:

    Será que a realidade do nosso país (ou de qualquer país) pode justificar qualquer tipo de atropelo à dignidade humana?
    E se nos “cortarem a cabeça” a todos? O que restará?

    Joana Dias

  14. Anónimo diz:

    Realmente, este conto mostra o sacrifico que muitos pais e várias pessoas fazem para sobreviver e ajudar a sobreviver. Mostra a verdadeira crise que estamos a passar… É um conto que mostra a realidade de muitos (…)

    Adelaide Pereira

  15. admin diz:

    Este livro de Gonçalo M. Tavares foi escrito em 2004! E cada vez está mais atual!É por isso que o acho genial…
    Fernanda Sampaio

  16. Anónimo diz:

    Gosto da maneira como este autor coloca em destaque os temas, de forma a chocarem e ao mesmo tempo a alertarem a sociedade para tais problemas que possam surgir. A realidade muitas das vezes é difícil de aceitar e atualmente a expressão “cortar cabeças” está bastante presente, infelizmente. Mas é verdade que, com as dificuldades que passamos temos de tomar medidas que nunca na vida pensamos tomar. Será que iremos fazer semelhantes sacrifícios, ao ponto de ter de “cortar cabeças”? Bem, não sei a resposta, mas se ao menos este tipo de escrita servisse para muitos políticos abrirem os olhos…

  17. Anónimo diz:

    Acho brilhante a forma como o autor passa a mensagem, fazendo com que textos aparentemente sem significado possam ganhar várias interpretações. Em relação a este conto em si, penso que demonstra bem aquilo que as pessoas são capazes de fazer para dar uma vida melhor àqueles que mais amam.

    André

  18. Anónimo diz:

    Este conto descreve a realidade de muitas famílias de hoje em dia, em que os pais fazem de tudo para não deixar que falte nada aos seus filhos, fazendo até as coisas mais difíceis.

    Andreia Sencadas